Era como se antes ele vivesse num ferro velho,
Tudo cinza,
Enferrujado,
Empoeirado.
Aos pedaços.
Tinha uma vida aos pedaços. Antes.
Não acreditava nas coisas que colorem a vida,
não sabia os nomes daquelas flores que desabrocham em roxo.
Guaguejava quan o questionavam sobre o amor.
Não que não soubesse o que era o amor.
Devia ser algo quentinho que mora dentro da gente.
Ou não.
Simplesmente não gostaria de apostar o que representava aquele sentimento.
Mas tudo mudou um dia.
Num dia quando ele apareceu.
Eis que os raios solares adentraram a janela, se espalahram pelos cantos da sala.
O desbotado que morava nas paredes despediu-se. Baldes de tintas felizes
preencheram cada cantinho da casa.
As andorinhas fizeram de todo o ano verão.
Deus desenhou um arco-íris num céu antes pálido.
A alma de toda a gente passou a acreditar.
E ela agora não mais sozinha (com ele em seu coração), sabia descrever o amor.