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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Estrada

Ei, você que passa por essa estrada – leve um recado pra um moço de lá.
Quando encontrá-lo saberá no mesmo instante sobre quem lhe falo, é o moço mais brilhante que haverá no caminho. Ele exala jasmim e coragem, ele perfuma toda aquela aldeia de chão de terra e de casas de sapê.
Você que me ouve, lembre-se de mim quando chegar lá, e quando encontrá-lo andando com urgência - com aquele seu ar de ocupado demais - respire bem fundo para chamar sua atenção (ele sempre está atento) e quando ele levantar os olhos tímidos pra depois desviar, dê altura suficiente a tua voz e diga a ele que as estrelas resolveram sorrir em sua direção.









Diga que as flores de plástico do jardim morreram mesmo, e que aquilo que ele viu são flores de verdade, desabrocham, mas não murcham.
Diz a ele que o cenário de madeira-papel-e-cola deu lugar a uma paisagem-colorida-e-linda, e que os desertos agora são campos de girassóis e de margaridinhas brancas.
Diz que o último soluço do choro de ontem foi mesmo o impulso do primeiro riso eterno, e que a Felicidade resolveu saudá-lo de manhã até que se acabem todas as manhãs de sua vida, e que todos os dias sente saudades dele.
Diz pra ele que as lagartas já não usam asinhas aramadas com papel celofane pra contracenar bons momentos, e que aqueles encantos sobrevoando a sua volta são borboletas de verdade, acabaram-se os móbiles.
Diz que a água agora é potável sim, e que todo esforço valeu a pena, e que tudo ficou bem.
Diz pra sonhador que o que ele ta vendo agora é realidade.
Diz pra ele que o Amor, enfim..., chegou.

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